Artigo: Por que nós, mulheres 30+, estamos tão imersas no Summer I Turned Pretty e nas melodias da Taylor Swift

Por que nós, mulheres 30+, estamos tão imersas no Summer I Turned Pretty e nas melodias da Taylor Swift
Eu sempre achei que, com os anos, a vida ficaria mais “séria” — responsabilidades, escolhas, rotina.
Desde os vinte e poucos, espero aquele clique que deixaria tudo mais adulto — o momento em que a responsabilidade, o casamento, os filhos e a rotina me fariam cortar o cabelo curto e usar maquiagem pesada pra disfarçar o peso da maturidade.
Mas aos 37, o clique ainda não veio.
Ainda uso moletom, camiseta branca, e continuo com olhos de águia no cabeleireiro pra não deixar cortar nem um milímetro a mais do que pedi.
Maquiagem pesada? Passo longe!
Se fosse só isso, tudo bem — mas me peguei esses dias mergulhada na série da Amazon Prime The Summer I Turned Pretty. E com as músicas da Taylor Swift ali no fundo, comecei a cutucar a casquinha das feridas e memórias que eu jurava terem ficado pra trás.
E não sou a única. Há algo mágico acontecendo: mulheres de 30, 35, 40+ se rendendo a essa história de Isabel Conklin — a Belly — que se vê envolvida num triângulo amoroso entre dois irmãos, durante um verão de cenário perfeito.
A história é muito bem escrita pela autora Jenny Han, que dá vida aos personagens de forma real, vulnerável e com diálogos que eu e você já tivemos na adolescência.
Assim, embarcamos numa série adolescente como se estivéssemos assistindo à nossa própria história — dessa vez com segurança, do sofá — revivendo erros, acertos, ansiedades e o primeiro amor.
Uma das grandes sacadas de Jenny Han é trazer as músicas da Taylor Swift nos momentos mais significativos da Belly.
Isso faz com que a cena não precise nem de diálogos pra que a gente entenda o que se passa na cabeça de cada personagem.
Nós, mulheres adultas, vemos ali dilemas que ressoam:
“Será que eu devia ter feito mais? Ou menos?”
“Será que perdi?”
“E se eu tivesse dito?”
Emoções que a juventude não nos deu maturidade pra entender — mas que agora podemos revisitar com sabedoria.
Parte do encanto também está em participar do mistério.
Quando a Taylor Swift lança um álbum, com ele vêm pistas visuais e numéricas — os famosos easter eggs.
Os fãs decifram, interpretam, criam narrativas.
O mesmo acontece na série, que também esconde pequenos sinais pra gente descobrir — e o melhor: conversar sobre isso com milhões de pessoas que estão assistindo e sentindo as mesmas coisas que nós.
Isso cria um laço emocional.
Você não é só espectadora — é coautora de um universo interpretativo.
Vi rumores (sem confirmação sólida) de que The Summer I Turned Pretty lançará seu filme em 12/14 de dezembro — uma data simbólica que fãs já especulam - e que colocará um fim na série.
Se for verdade, é a prova de que estamos falando de algo que transcende o público-alvo.
Essa possibilidade alimenta o coração com expectativa — e expectativa, você sabe, romantiza a própria espera.
Pra quem vive criando — joias, arte, sentido — assistir a essas emoções ressoantes é combustível.
Quando alguém escreve uma letra ou uma série que ecoa no íntimo das mulheres maduras, entrega algo raro: reflexão e pertencimento.
Desde o início, a história das mães me chamou atenção:
a amizade que atravessa fases da vida, acompanha o crescimento dos filhos e mostra que família pode ser escolhida — feita de amor, não de sangue.
Suzanna, mãe de Conrad e Jeremiah Fisher, diz que família é qualquer pessoa que você ame e que te ame também.
E o cenário dessa amizade? Uma casa na praia — meu sonho de consumo absoluto pra viver com minhas 4 melhores amigas (vocês sabem quem vocês são).
Agora, fica fácil entender por que mulheres 30+ estão tão encantadas com o mundo Taylor Swift + The Summer I Turned Pretty. Liberdade!
Vivemos num tempo que exige intensidade contida.
Esses dias, recebi uma cliente querida no ateliê com o marido, e eles me disseram algo que me fez pensar justamente nisso tudo.
Conversávamos sobre nossa antiga cidade — uma cidade conservadora, onde morar significava seguir uma cartilha de vida.
Quando eles se mudaram, perceberam que a tal “cartilha” era uma obrigatoriedade boba da cidade, não deles.
Puderam finalmente se libertar.
Quando eu saí da mesma cidade, senti o mesmo — mas foram eles que me trouxeram essa clareza quase 3 anos depois.
Toda a intensidade contida, todas as cartilhas da vida pra seguir, e certos comportamentos que a idade "exige" se desfizeram pra mim este ano.
Aos 37 anos me declaro: Swiftie, Team Belly 100% — e ansiosa pra descobrir se minha teoria sobre o novo filme de The Summer I Turned Pretty, chegando em 12 ou 14 de dezembro, é real ou apenas coisa da minha cabeça (e de milhões de fãs).
Esse é o território das mulheres 30+: onde a juventude encontra a experiência, o coração encontra voz e a leveza, enfim, encontra lugar.
Se você leu até aqui, me conta: qual música da Taylor está na sua cabeça hoje? Eu começo: Exile!
Você já assistiu à série — ou vai começar agora pra assistirmos juntas o filme quando ele sair?
Agora preciso voltar pro ateliê, porque quero criar uma Misa com todos esses sentimentos: intensidade, liberdade, paixão, amizade — e o sonho de uma casa na praia perfeita como a da série.
Com carinho e um Super Beijo da
Isa (de camiseta branca)
da Misa 🤍
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