Artigo: Sobre o Colar Coragem - do romantismo aos pés no chão.

Sobre o Colar Coragem - do romantismo aos pés no chão.
Teve um momento da minha vida em que a coragem era a minha única alternativa.
Se eu olhasse para os lados, tudo era borrado.
Se olhasse pra trás e resolvesse ficar, eu não conseguia ver o meu futuro.
Então, quando não havia outra escolha senão ser corajosa, eu juro que ouvi a voz dela me dizer:
“Se você não for agora, não vai nunca mais.”
E eu fui.
Foi difícil, mas nada tão difícil quanto o caminho que me levou ao fundo do poço.
Foi preciso chegar lá pra enxergar a gravidade da situação.
Quando alguém me diz “eu preciso de coragem”, automaticamente minha cabeça se abre em três caminhos.

No primeiro caminho, eu te pergunto se a coragem vai realmente resolver seus problemas. Você tem clareza da situação? Ter coragem vai te colocar numa vida melhor? Você se enxerga feliz depois da coragem?
Consegue colocar no papel tudo o que a coragem pode te proporcionar?
E os riscos, você gostaria de ter as portas abertas pra voltar, se quiser?
O segredo aqui é ter clareza do caminho, dos benefícios e de si mesma.
Quando isso acontece, a coragem vem quase que automaticamente porque você consegue ver claramente o você do futuro.
No caminho número 2, está a coragem que surge quando ela é a única saída.
Essa vem de forma instintiva, mas de novo, você precisa de silêncio e reflexão pra entender que mudar é sempre melhor do que permanecer num presente que te sufoca e até coloca sua vida em risco. É como o fundo do poço: pior não fica.
Então, a coragem simplesmente vem.
No caminho número 3, eu vejo a coragem do cotidiano.
Pequenas coisas que eu poderia fazer e não faço por besteira—preguiça, falta de clareza nos meus objetivos ou de sinceridade comigo mesma.
“Eu preciso de coragem!” Mesmo?
Se você for realmente sincera consigo, talvez não seja coragem o que está faltando.
Talvez seja outra coisa.
Deixa eu dar um exemplo do que seria essa outra coisa (mas não tão do cotidiano assim):
O pensamento mais recorrente na minha vida desde 2018 é:
“E se eu começar do zero?”
Voltar a estudar, fazer o vestibular pra Medicina e ser médica de emergência.
Me falta coragem — mas não é só isso.
Tenho algumas desculpas na cabeça, e a principal é a financeira: seria um absurdo fazer essa mudança, e eu acho que precisaria ganhar na Mega Sena pra conseguir.
Mas, se eu for sincera comigo mesma, não me falta coragem pra mudar — nem o dinheiro pra isso. O que eu acho que me falta é paciência pra chegar lá.
Ui, até me dói pensar nisso: aceitar que, mesmo se eu tivesse todas as condições financeiras, talvez não tivesse a paciência de passar pela faculdade, depois pela residência e, no fim, o pior de tudo pra mim, lidar com o peso emocional que essa profissão carrega.
No fim, o que faltava pra mim não era coragem de mudar, era coragem de me aceitar!
O colar Coragem que criei romanticamente pensando na energia leve e poética da Anne of Green Gables ou Anne With an E, me traz essa objetividade sobre ser corajosa e ao mesmo tempo, com os pés no chão, eu me deixo romantizar a coragem também, pois dela coisas boas vieram pra mim e um cadinho de impulsividade não mata ninguém.
Gosto de pensar que, ao vestir o Colar Coragem, a gente coloca tudo isso em perspectiva e ele fica te lembrando de fazer o exercício que precisa ser feito ao mesmo tempo que não te deixa esquecer de sonhar com a realidade que você deseja. E então, como um passe de mágica e tempo, você consegue colocar a coragem na palma da mão e finalmente usá-la!
Isa (de camiseta branca)
da Misa 🤍
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